Torcedor do São Paulo diz ter levado tapa no rosto de segurança enquanto tentava foto com Luciano; VÍDEO
28/05/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil investiga confusão que aconteceu no estacionamento do estádio Morumbis, na capital paulista. Em nota, o São Paulo FC afirmou ter afastado o segurança das funções até que as investigações sejam concluídas. Morador da Baixada Santista acusa segurança do São Paulo de agressão
Um torcedor do São Paulo F.C. alega ter sido agredido com um tapa no rosto e perseguido por um segurança do time no estacionamento do estádio Morumbis, em São Paulo. Ao g1, Rogério Santana dos Santos, de 45 anos, afirmou que estava no local junto com a família para tentar tirar uma foto com o atacante Luciano. A Polícia Civil investiga o caso.
Em nota, o São Paulo F.C. afirmou ter tomado conhecimento do caso envolvendo um prestador de serviços terceirizado e o torcedor. O time disse ter afastado o profissional das funções até que as investigações sejam concluídas.
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Rogério Santana, que mora em Mongaguá, no litoral de São Paulo, esteve no Morumbis no último sábado (24) para assistir a partida contra o Mirassol. O jogo foi válido pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro e terminou com vitória para os visitantes por 2 a 0.
O torcedor disse que estava acompanhado do irmão, esposa, filha e genro. Segundo ele, o grupo deixou as arquibancadas aos 40 minutos do segundo tempo, logo após a marcação de um pênalti para o Mirassol, e foi até o estacionamento para tentar a foto com o atacante Luciano.
Ainda de acordo com Rogério, a filha tem contato com a esposa de Luciano e conseguiu autorização para a família esperar pelo atleta no estacionamento. A informação não foi confirmada oficialmente pelo clube.
“Nós descemos e fomos para o interior do estacionamento. A esposa do Luciano chegou, falou com a minha filha, apresentou a gente para um segurança e pediu para ficarmos aguardando em um cantinho. Ela entrou para o clube, pois seu marido iria fazer exames pós-jogo”, disse o torcedor.
Segundo o relato, outro segurança apareceu e passou a questionar o motivo da família estar no local. O profissional, ainda de acordo com Rogério, ficou exaltado ao ouvir que o grupo esperava pelo jogador. "Chegou falando que a gente estava mentindo, que não estava lá por ninguém, e que era para a gente se retirar", afirmou.
O torcedor disse que o clima ficou mais agitado logo depois. “Eu falei: 'Tudo bem, a gente vai sair. Vou mandar mensagem para a esposa do atleta avisando que não vamos mais estar aqui'. Mas o segurança se afastou e, de repente, voltou dizendo: ‘Vocês não vão sair mais daí. Chamei o Choque [da polícia]’. A gente ficou tranquilo, esperando, porque não devíamos nada".
Ainda de acordo com Rogério, outros cinco seguranças chegaram pouco tempo depois. O torcedor disse ter tentado conversar com um deles, pedindo a identificação do profissional que mencionou acionar a tropa de choque. A resposta, porém, teria vindo em forma de agressão.
Homem acusa segurança do São Paulo Futebol Clube de agressão no estacionamento do Estádio do Morumbi
Arquivo pessoal/ Rogerio Santana
“Eu perguntei o nome do que teria falado que acionou o Choque. Ele abriu o zíper da blusa, mostrou um distintivo e falou: ‘Aqui é polícia, pô’. Na hora que eu abaixei a cabeça para olhar o distintivo, ele me deu um tapa no rosto. Tomei um impacto e dei dois passos para trás. Pedi para minha filha começar a filmar, e ele ainda veio para cima dela também”, relatou Rogério.
O torcedor disse ter sido agredido na frente dos familiares. “Não pode um segurança levantar a mão para ninguém. Se a gente tivesse feito algo errado, que chamasse a polícia. Eu tenho a minha família", desabafou ele.
Rogério acrescentou que o segurança tentou partir para cima da filha dele e dos demais parentes, mas todos conseguiram correr. “Eu comecei a gritar: 'Não encosta nela'. Vieram para cima dos familiares, mas recuamos. Em nenhum momento faltamos com respeito”, disse.
PM
O torcedor disse que, logo após a agressão, acionou a PM por telefone duas vezes. Apesar disso, ainda segundo ele, a viatura não localizou o grupo no local. "Falaram que tinham ido até o local e não encontraram ninguém. Mas, eu estava lá. Depois disso, com medo, a gente decidiu ir embora".
Rogério registrou um boletim de ocorrência no 89º Distrito Policial Jardim Taboão, em São Paulo, antes de voltar para Mongaguá. Ele acrescentou que vai apresentar as imagens feitas pela filha e por outras testemunhas às autoridades.
SSP-SP
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) confirmou que o boletim de ocorrência foi registrado e que, segundo o relato, o homem levou um tapa no rosto e foi perseguido pelo agressor. A filha da vítima, menor de idade, também teria sido ameaçada enquanto filmava a abordagem. A família foi escoltada para fora do local sob xingamentos.
Segundo a SSP-SP, apesar da violência, não foram constatadas lesões aparentes. O caso é investigado pela Polícia Civil.
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