Santos, SP, adota novo protocolo assistencial para reduzir morte materna e infantil; entenda
31/05/2025
(Foto: Reprodução) Cidade aderiu à iniciativa nacional e fornecerá medicamento protocolar durante o pré-natal de forma preventiva. Medida ainda será implementada, mas profissionais da saúde já foram capacitados. Santos, SP, aderiu à Iniciativa Vida: Vigilância, Identificação, Diagnóstico e Ação, da Rede Brasileira de Hipertensão na Gestação, um protocolo assistencial para as gestantes com risco de desenvolver pré-eclâmpsia.
Divulgação/Prefeitura de Santos
A cidade de Santos, no litoral de São Paulo, aderiu à Iniciativa Vida: Vigilância, Identificação, Diagnóstico e Ação, da Rede Brasileira de Hipertensão na Gestação, um protocolo assistencial para as gestantes com risco de desenvolver pré-eclâmpsia, a principal causa de morte materna e que pode também levar o feto a óbito.
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A medida foi adotada pela Prefeituras de Santos e anunciada nas comemorações do 12º aniversário do Programa Mãe Santista. O documento será escrito e divulgado em breve no Diário Oficial do município, mas a capacitação de profissionais da saúde já começou.
A partir dessa adesão, a cidade passará a contar com o novo protocolo assistencial preventivo que utiliza o sulfato de magnésio quando identificada a persistência de crises hipertensivas durante o pré-natal. O objetivo da medicação é atuar como um anticonvulsivante, impedindo a progressão da doença.
A pré-eclâmpsia é uma das principais causas de morte materna e perinatal no Brasil e no mundo, podendo levar também ao descolamento prematuro da placenta, restrição de crescimento fetal, parto prematuro e óbito fetal.
Protocolo
Segundo a administração municipal, a partir do início do protocolo, o medicamento também poderá ser adotado nas ambulâncias do Samu e será aplicado durante o trajeto até o pronto atendimento obstétrico. A medida pode ser determinante para um desfecho favorável da gestante.
Por lei estadual, as maternidades devem conter o sulfato de magnésio em uma caixa de emergência para aplicação em gestantes que apresentarem a complicação. No entanto, por meio da nova iniciativa, a medicação já estará disponível durante o pré-natal, de forma preventiva, buscando evitar complicações.
Para isso, a prefeitura já iniciou o treinamento de 150 profissionais da saúde entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam no pré-natal e no pronto atendimento às gestantes da rede municipal de Saúde, como policlínicas, Instituto da Mulher e Gestante, Samu e maternidades.
A Prefeitura de Santos, SP, realizou o treinamento de 150 profissionais da saúde para atuarem no protocolo 'Iniciativa Vida: Vigilância, Identificação, Diagnóstico e Ação', da Rede Brasileira de Hipertensão na Gestação, com foco em gestantes com risco de desenvolver pré-eclâmpsia.
Divulgação/Prefeitura de Santos
Outras medidas
Segundo a administração municipal, desde 2023 algumas medidas são aplicadas, como um questionário minucioso na primeira consulta de pré-natal, que avalia o risco de parto prematuro.
Além disso, em casos de identificação de um fator de risco alto ou dois fatores moderados para a pré-eclâmpsia, a mulher inicia a prevenção com a ingestão de ácido acetilsalicílico e de carbonato de cálcio, ambos iniciados a partir da 12ª semana de gestação.
O primeiro deve ser administrado até a 36ª semana de gestação e o segundo, até o parto. Pela nova proposta, esse tratamento será estendido a todas as grávidas na rede municipal de saúde, inclusive as que não apresentarem fatores de risco.
O médico Ricardo Tedesco, membro da Rede Brasileira de Estudos sobre Hipertensão, ressaltou a prevenção à doença. “Existem três medidas preventivas à pré-eclâmpsia: ácido acetilsalicílico, cálcio e atividade física. Basta estar grávida para ter pré-eclâmpsia, embora exista uma população mais vulnerável”, explicou ele, por meio de nota divulgada pela prefeitura.
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