Médico revela que mulher morta por sargento era ameaçada por ele e morreu com faca cravada no pescoço dentro de clínica no litoral de SP

  • 08/05/2025
(Foto: Reprodução)
Crime ocorreu dentro de uma clínica médica quando outros policiais militares estavam no local. Polícia Militar disse que irá investigar a postura dos agentes. Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, contou para o médico que estava se separando do marido e pediu ajuda. Mulher é morta por sargento durante consulta médica em Santos, SP O g1 teve acesso ao depoimento do médico proprietário da clínica onde o sargento da Polícia Militar (PM) Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes Carvalho em Santos, no litoral de São Paulo. À Polícia Civil, o médico informou que viu a vítima com uma "faca cravada no pescoço e banhada em sangue”. Antes, ela havia revelado ao médico que estava se separando do agressor. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. O crime aconteceu na quarta-feira (7), dentro da clínica localizada na Avenida Pinheiro Machado, no bairro Marapé. Samir efetuou diversos disparos, atingindo a esposa e a filha. Em seguida, pegou uma faca e deu aproximadamente dez facadas em Amanda. Amanda morreu no local e a filha do casal, de 10 anos, ficou ferida. A menina foi levada para a Santa Casa de Santos. Ao g1, o hospital informou que a paciente foi atendida pela equipe multidisciplinar e não tem autorização para prestar informações sobre o estado de saúde. Médico Segundo o médico, ele foi surpreendido por Amanda e pela filha enquanto estava na própria sala aguardando o horário de chamá-las para uma consulta que estava agendada. O profissional contou que a mulher entrou no cômodo muito nervosa, dizendo que estava sendo ameaçada pelo companheiro. “Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico. Ele disse para a Polícia Civil que trancou a porta do consultório, colocou duas cadeiras atrás da porta e ficou segurando com medo de que fosse arrombada. O médico também contou que pediu para a paciente chamar a polícia, mas ela respondeu que uma amiga já havia acionado a corporação. Por isso, insistiu por uma nova ligação. O homem relatou que ouviu uma batida na porta e questionou quem era, mas não teve retorno. Momentos depois, ele escutou a voz da secretária pedindo para a porta ser aberta porque a PM havia chegado. Segundo o relato, também foi possível escutar uma voz masculina dizendo: “pode abrir, é a polícia, está tudo sob controle”. Após questionar se os agentes estavam uniformizados, o médico abriu parcialmente a porta e, em seguida, foi para atrás da mesa. Ele disse que viu, no fim do corredor, um policial fardado e depois ouviu uma sequência de mais de dez tiros. O profissional disse para polícia que se abrigou debaixo da mesa para se proteger e acredita que o atirador tenha começado os disparos do fora da sala. De acordo com o médico, ele só se levantou depois que o agressor foi contido pelas equipes policiais. O homem contou que socorreu a filha de Amanda e, logo depois, viu o corpo da mulher com uma faca “cravada no pescoço e banhada em sangue”. Ele garantiu que nunca havia visto as vítimas antes e não chegou a ver o atirador porque se escondeu ao ouvir o primeiro tiro. Samir Carvalho matou a esposa Amanda Fernandes em Santos, SP Reprodução/Instagram Investigação Em nota, a SSP-SP informou que a PM instaurou um Inquérito Policial Militar para “apurar rigorosamente a conduta dos agentes acionados para atender uma ocorrência que evoluiu para feminicídio e tentativa de homicídio em uma clínica de saúde”. Anteriormente, a SSP-SP havia informado que os agentes tinham encontrado a mulher já morta e a filha do casal ferida ao chegarem no local da ocorrência, contrariando à versão obtida pelo g1 com a Polícia Civil de que os policiais foram enganados porque acreditaram que Samir não estava armado. Ao g1, a secretaria justificou que esta informação anterior era preliminar, pois o posicionamento foi enviado antes do término do boletim de ocorrência. Segundo a nova nota, divulgada nesta quinta-feira (8), policiais foram acionados via Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) para atender um caso de desinteligência na clínica. No local, encontraram Amanda e a filha trancadas em um consultório e um policial militar de folga [Samir] do lado de fora. "Após o policial mostrar que não estava armado, a porta foi aberta. O autor entrou e atirou na mulher e na filha”, descreve o posicionamento da SSP-SP. A secretaria informou que o homem foi preso logo depois e encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes, na capital paulista. De acordo com o boletim de ocorrência, obtido pelo g1, quatro policiais militares integravam as equipes que atenderam o caso, registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar as circunstâncias do crime. A delegada do 2º DP Débora Lázaro informou que Samir esfaqueou Amanda com aproximadamente dez golpes após efetuar os disparos. Ao g1, a SSP-SP se limitou a dizer que a informação consta na segunda edição do boletim de ocorrência. "Consta que havia um punhal cravado no corpo da vítima". Defesa de Samir Por meio de nota, o advogado Paulo de Jesus, que representa Samir, afirmou que na tarde de quinta-feira (8) foi realizada audiência de custódia, com a prisão em flagrante do cliente sendo convertida em preventiva. Ainda de acordo com o profissional, Samir foi encaminhado ao presídio Romão Gomes. Paulo de Jesus acompanhou a audiência disse que a defesa se manifestará apenas quando as investigações forem concluídas. Amanda Fernandes, de 42 anos, foi morta por Samir Carvalho em Santos (SP) Redes sociais e Daniela Rucio/TV Tribuna VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/05/08/medico-revela-que-mulher-morta-por-sargento-era-ameacada-por-ele-e-morreu-com-faca-cravada-no-pescoco-dentro-de-clinica-no-litoral-de-sp.ghtml


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